Cansei de Delivery

29 nov

Cansei de Delivery. Juro que é verdade.

No começo eu até achei que a atendente do disk-pizza (se é que ainda tem hifen) tava querendo uma relação mais séria, mas era só interesse mesmo. Cansei de ter que descer pra pegar entrega, de reclamar da demora, de contar troco errado e, principalmente, de gastar dinheiro.

Tudo bem, ir no restaurante acaba sendo mais caro. Faz as contas: conta+10%+vallet+combustível sai mais caro que qualquer entrega. Só que tem dias, aqueles de ressaca, que esperar uma hora ou mais pra entrar no restaurante é um dos trabalhos esquecidos de Hércules (experimenta o Outback no almoço do sabadão).

Não é de hoje. Desde que vim morar sozinho em São Paulo, almoços de sábados e domingos transformaram-se em, ora em sono, ora em espera até às 18hrs pra pizzaria mais próxima começar a entregar. Morar com a mãe tem desses males: acostumar com uma coisa que ela NÃO vai fazer o resto da sua vida pra você. Culpa dela, não sua.

Parei com China in Box e pizzarias delivery das mais variadas qualidades (pedi uma vez duas pizzas por 26 dólares brasileiros, com refrigerante 2L, juro!) e comecei a operar o fogão. No começo era só uma boca. Aquecer a água do Miojo era moleza. Aí resolvi arriscar num arroz aqui, um purê de batatas ali e cheguei no passado dois do Miojo: macarrão não-instantâneo.

Aprendi que spaghetti de restaurante, quando compra no mercado, é só espaguete mesmo e alla bolognese é bolonhesa. Um passo depois na minha barra de progressão culinarísticas era fazer lasanha. Não lasaGNa. LaSANHA mesmo. Bolonhesa. E foi um novo passo porque aprendi a perder o medo de acender o forno no fósforo. Alguns amigos disseram que ficou razoavelmente boa, o que eu entendi como “ficou tão boa quanto uma lasanha de microondas da Sadia, que só demora 13 minutos pra ficar pronta”. Eu gastei um domingo todo, amigo.

Depois de muitos e muitos pratos, receitas, episódios de Larica Total e dois livros (Dona Benta e um do Jamie Oliver que não lembro qual), tive a idéia do famoso “e se eu fizesse isso num blog, com videolog”? Pois é, ficou no “e se…”. Queria fazer uma mistura de Paulo Tiefe&$#@#* (o cara do Larica) e Jamie Oliver, sabe? Uma coisa prática. Cozinha de guerrilha um pouco mais saudável, onde ninguém precisa tacar catchup em tudo pra poder disfarçar o gosto. Passou a idéia, passou a vontade, mas eu continuei cozinhando.

Até o dia que eu vi um concurso/contest pra futuros blogs que poderiam ser patrocinados pelo Blog Content, do Interney. Como não precisava existir o blog para fazer inscrição, eu fiz assim, meio na louca, só para não ficar naquela de “putz, eu sei que não vou ser chamado, mas vou me arrepender se não fizer”. Daí que passou, passou, passou, chegou o dia do evento em que os escolhidos iam ter 2 minutos pra apresentar pro @interney. E olha só: descobri que fui chamado pra ir lá 4 horas antes da apresentação, o que é razoavelmente suficiente para uma apresentação de 2 minutos, vai.

Fui lá com mais 5 pagar mico, dar a cara a tapa e falar na frente da “galera da internet”. O @interney escolheu três. O meu tava no meio. E sabe o que foi do caralho? É que eu não tenho a mínima idéia do nome que dei pro projeto no dia da inscrição e fiz uma apresentação com um nome nada a ver, mas que eu até gostei: Cansei de Delivery. Já até tá registrado no .com.br e aqui mesmo, no wordpress. Como não fazia idéia que ia ser chamado, só agora que tô começando a andar com as coisas. E por que eu tô escrevendo esse texto de menina-de-12-anos-fã-de-restart? Porque tinha que dar um blog atual pra inscrição e, até onde me consta, o único que tenho é esse aqui.

Se você parou porque veio direto do site do YouPIX, foi mal. Não ponha o #FAIL nos comentários. Me dá um tempinho, tipo assim, duas semanas. Quem sabe até lá eu consigo fazer, produzir e cozinhar alguma coisa pra iniciante. E aí, vocês preferem ovo frito no pão ou arroz white power no primeiro videolog?

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